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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Poesia CESÁRIO VERDE

Para aqueles que se interessaram pela poesia de Cesário Verde, este poeta que, sendo Realista, não se prendeu nem se esgostou nisso, fica um trecho que é belíssimo por si só, e que não precisa de explicação:

Mas tu agora nunca, ah! Nunca mais te sentas
Nos bancos de tijolo em musgo atapetados,
E eu não te beijarei, às horas sonolentas,
Os dedos de marfim, polidos e delgados...

(...)
E tudo enfim passou, passou como uma pena
Que o mar leva no dorso exposto aos vendavais,
E aquela doce vida, aquela vida amena,
Ah! Nunca mais virá, meu lírio, nunca mais! 



Para estes que se sentiram inebriados com a presença destes versos, vale a pena conferir O Livro de Cesário Verde, principalmente os quatro primeiros poemas d'O Sentimento dum Ocidental, que foram inclusos pelo grande crítico, Massaud Moisés, em seu livro "A literatura portuguesa através dos textos". Boa leitura!

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